Ping Pong: a família dos Dim Sum acabou de aumentar

A filial paulistana do restaurante londrino Ping Pong, especializado em dim sum, deu uma reformulada no cardápio por conta da mudança de estação: colocou pratos mais quentinhos, algumas sopas e deixou o menu com mais “sustança”.

O ambiente moderninho/desencanado/com música bacana e a localização (Itaim) ajudaram a formar a clientela jovem, com bom poder aquisitivo, que passa por lá antes de ir pra balada ou depois de um programa cultural como cinema e teatro– o lugar é realmente legal para ir de turma, pedir uns drinques, várias porções de comidinhas, dividir entre todos e papear muito. (e os preços não são altos).

Entre as novidades, curti muito o “harumaki” de cordeiro, a  costelinha maciíssima, soltando do osso, marinada com mel, pimenta, alho (Honey glazed spare ribs, R$ 13) e o bolinho que leva camarão, caranguejo, cebolinha e gergelim (Prawn and crab meat dumpling, R$ 13). Apesar de ser um dos carros-chefes da rede, a nova versão do dim sum enrolado em folha de lótus– arroz recheado com pato com laranja, broto de bambu e cogumelos (R$ 13,90)– é pesado e sem gosto. Em compensação, a nova saladinha de fatias de filé de alcatra, agrião, alface, cenoura e repolho roxo (R$ 12,50) é leve, fresca e ótima para aquele ser que sempre está de dieta.

Gostosos e reconfortantes neste frio, os Clay rice pots são porções de arroz com leite de coco servidas com diferentes acompanhamentos. O mais gostoso, sem dúvida, é o de frango (R$ 13,90)– ligeiramente adocicado e picante—, seguido do de frutos-do-mar super bem feitos e no ponto (mas, para mim, precisou de um pouco de pimenta e molhinho de tamarindo para dar um gosto marcante). Se curtir uma sopinha, prove a Coconut and mixed mushrooms soup (shitake, shimeji com leite de coco, suco de limão, erva cidreira e pimenta dedo de moça, R$ 13.50), com pegada tailandesa.

Sobremesa? Vá de harumaki quente e crocante de banana e chocolate acompanhado por sorvete de chocolate com pimenta, beeeeeeeeem picante (adorei).

Agora que se falou de comida, vem a bebida: drinques. A carta, que já era grande, ganhou mais 16 opções, todas com um pé no exotismo e com uso abundamente de ingredientes asiáticos. O Ping Pong Bubble (R$ 18) é ideal para quem não curte notar que está tomando bebida alcoólica: em copo alto, cheio de gelo, vem o  Martini Bianco, vinho branco e suco de lichia e pérolas de tapioca negra comestível. TAPIOCA NEGRA? Explica-se: são bolinhas de tapioca com banho de uma mistura de melado e aceto balsâmico. Mais do meu gosto, o Plum saketini (R$ 21)  é seco e frutado, feito com saquê Daiti, gin Tanqueray e licor de umeboshi. Versão bem feita e “gourmet” da margarita, Black lava (R$ 18 ) leva os componentes básicos do drinque tradicional–  Tequila , Cointreau, suco de limão– com os toques do açúcar de baunilha e do sal negro havaiano na borda do copo.

Lembre-se deste nome: Dois Copos. Não está no cardápio, mas é um dos drinques mais bacanas de lá: a bebida vem em um copo de fundo redondo encaixado dentro de uma taça de martini cheia de gelo, o que faz o drinque manter-se resfriado sem tornar-se aguado. Do que é feito? Depende da vontade do barman no dia… O meu foi encorpado, vermelhão e me deixou bem feliz o resto da tarde: tequila, suco de cranberry e limão.

Para quem quer provar tudo, tudo e comer até sair rolando, o Lazy Sundays (que rola durante todo o dia aos domingos e feriados) funciona assim: coma quantos dim suns quiser pelo preço fixo de R$ 65/pessoa.

Ping Pong: Rua Lopes Neto, 15, Itaim Bibi, tel.: (11) 3078-5808

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