Aberto há menos de 10 dias, o Cha Cha já anda lotado. Não é pra menos: são centenas os clientes fieis do Bistrô Charlô, nos Jardins, que estão conferindo a nova casa de Charlô Whately, agora no Itaim. Mas os dois estabelecimentos não se parecem em nada, exceto pela bem cuidada cozinha e pelo proprietário.
O Cha Cha não tem toalhas nas mesas, nem guardanapos de pano, nem sommelier. O menu vem em tábuas de madeira e pode ser alterado sem maiores problemas – e precisa, já que as portas dali abrem-se para café da manhã e permanecem abertas até o jantar. Com cardápios diferentes, claro. E ainda há a possibilidade de escolher entre as dezenas de opções de receitas direto no balcão – farofa, grão-de-bico e lascas de bacalhau, feijão fradinho com linguiça, quiches, cuscuz, tortas, bolos, sobremesas…
E não é preciso comer ali: tudo pode ser embalado para viagem. Aliás, o “pegar para levar” é uma grande aposta, dado o perfil da região que inclui muitos prédios de escritórios e moradores de perfil sou-paulistano-não-tenho-tempo-pra-nada.
Comum nos EUA e Europa mas ainda rara no Brasil, a geladeira abastecida com sanduíches, palitos de vegetais, iogurte com frutas e outras comidas prontas e em porções individuais é um tremendo facilitador e fica bem ao lado do caixa. Basta pegar, pagar e comer.
Para começar o dia são servidos café Suplicy (R$ 5, espresso), pães de queijo (R$ 4,50), pain au chocolat (R$ 5), tapiocas (de R$ 14 a R$ 17), ovos mexidos com queijo e tomate (R$ 17), baguetes na chapa (R$ 6) que por mais alguns reais podem receber requeijão, mel e manteiga. Mas evite o pão massudo e vá direto nos leves e saborosos tostex de pão de miga, especialmente o de queijo minas e tomate (R$ 14) e peito de peru e cream cheese (R$ 15).
A doçaria é um ponto forte no Cha Cha. Coma, com toda a vontade, o macio e alto Bolo da Fazenda (R$ 8), feito de fubá e raspas de cítricos, acompanhado de ótima compota de laranja. E lambuze-se sem medo do amanhã na Torta Americana (R$ 14),uma cremosíssima torta mousse de chocolate, dos melhores que já comi.
Para almoçar ou jantar: Sanduíches de ovo e agrião (R$ 26), de pastrami e chevre (R$ 34), de rosbife e pasta de roquefort (R$ 34), todos servidos com salada; cupim braseado com farofa e banana grelhada (R$ 40); omelete com tostada e salada verde (R$ 25); massa do ou quiche do dia (R$ R$ 34 e R$ 32, com salada); frango assado, pernil ou bacalhau com uma ou duas guarnições como legumes, abóbora assada, batata gratinada e arroz de jasmim, entre outros (de R$ 35 a R$ 72).
Um dos destaques do menu, o “espaguete” de palmito pupunha é envolto por creme de leite e lascas de salmão defumado e vem coroado por gema crua (R$ 40). Ideia boa e resultado sem graça ou tempero. Há, certamente, opções bem mais interessantes.
Para compartilhar, as bolinhas de carne de cordeiro envolvem queijo feta (R$ 24) vem com pimenta da casa e já são um dos meus petiscos favoritos na cidade.
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