Picchi: injustamente subestimado

Alguns restaurantes não caem nas graças da mídia, não tem clientela obrigatoriamente badalada, não gastam rios de dinheiro com consultorias mas se mantém firmes na qualidade. Esse é o caso do pequeno e charmoso PICCHI, ao lado do sempre repleto Le Marais.
Nascido há quase dois anos, a casa tem comando do chef (bonitão) Pier Paolo Picchi. Filho de italianos, Pier Paolo já morou na Itália, na Espanha e trabalhou, no Brasil, no Emiliano e no finado Café Antique. Então decidiu montar seu próprio restaurante, de cardápio enxuto, receitas tradicionais italianas muito fiéis e  pitadas de cozinha contemporânea e mediterrânea. Almocei lá outro dia e adorei.
Comecei a refeição com um lindo carpaccio de peixe com suave molho de limão siciliano. Para manter a linha, pedi um linguini al limone (feito lá) com salmão: a massa estava al dente, o molho não lembrava nada as coisas repletas de creme de leite que se costuma fazer por aí; era delicado e ácido na medida. Terminei a refeição com uma etérea espuma de Nutella, surpreendemente sem excesso de doçura, com framboesas. Delícia. E tudo por menos de R$ 50.
Minha única reclamação: não haver inclusão ou troca de pratos com mais frequência. Quem vai algumas vezes acaba ficando sem opção…
Picchi: R. Jerônimo da Veiga, 36, Itaim, tel: 3078-9119

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