Les Amis de Portas Fechadas: jantar romântico em casa. Mas não na sua…

Tendo a gostar do conceito “lá em casa”. Lourdes, a mexicana, foi a primeira: só sendo convidado ou mandando email para apreciar seus pratos típicos, servidos em sua sala de estar. Pila Zucca e Demian Figueiredo–  proprietários do buffet Les Amis— também resolveram abrir seus lares para petits comités de 12 pessoas.
Por que alguém receberia estranhos em casa?! A razão: apesar de amar o trabalho do buffet, os dois sentiam falta de cozinhar para poucos, típico jantar entre amigos. Eis que surgiu a idéia de organizar pequenos encontros na casa de Demian– os convidados, na época, sempre amigos de amigos– sentavam-se à mesa comunitária e conheciam-se apenas na hora. Bom potencial para um desastre? Parece que deu certo. Depois de um ano, os jantares deram um upgrade e trocaram de endereço: foram parar na casa da família de Pila, um imóvel anos 50 deslumbrante, em frente à Praça Por-do-sol, inteiro mobiliado e decorado com objetos de design vintage (à venda). Deu inveja, viu?
À meia luz, os  convidados vão chegando e  trocando cumprimentos tímidos. Com o passar dos minutos, e das bebidas, soltam-se um bocadinho e iniciam conversas amenas. Mas é na hora da mesa que tudo fica mais divertido: ao longo de um menu degustação de cinco pratos- explicados detalhadamente pelo chef, que muda o cardápio mensalmente- todos vão se tornando, de estranhos,  amigos. Nem que seja por um jantar. (espero que você tenha a sorte que eu tive de pegar uma turma bacana). A conversa rola solta, assim como as risadas.
Ah, claro, a  comida: no dia em que os visitei, o cardápio tinha pegada andina. Provei um dos melhores ceviches da minha vida: robalo com feijões e milhos peruanos. Na sequência, tamale recheado de chourizo picante com molhos de três pimentas- delicado. Também teve galeto com molho espesso de amendoim e três batatas andinas cozidas e pernil de cordeiro com risoto de quinua branca, vermelha e preta. Bom… Isso porque não falei da sobremesa! Um delicioso mousse de chirimoya (prima-irmã da atemóia e da fruta-do-conde): leve, doce na medida, aerado. E, para encerrar, chá de coca (de saquinho e totalmente legal!).
Um programa gostoso, acolhedor, romântico, divertido e criativo.
Para reservar seu lugar, mande email para [email protected]. O jantar custa R$ 130 por pessoa- sem bebidas alcóolicas- e precisa ser pago adiantado. A rolha custa apenas R$ 10.

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