Sal e limão? Com essa tequila, não!

Não chego a ser a mulher mais forte para tequila; meus amigos sabem o desastre que foi meu aniversário do ano passado quando exagerei na Margarita e acabei a noite, digamos, ausente da minha própria festa. Fui entender a razão da perda total só semana passada quando, no Obá, participei de uma degustação a cegas de tequila. Passei mal porque aquela que tomei era mal destilada, cheia de resíduos maléficos para o organismo– e olha que comprei umas das mais famosas…  Foi nesta degustação também que provei a melhor tequila ever: Tezón. (Tezón é corruptela de tezontle, pedra vulcânica usada no processo de maceração da agave).

Comecemos pelo começo: degustação a cegas é aquela na qual você não faz idéia de qual marca está experimentando, apenas vai compartilhando suas impressões e anotando as que mais e menos gostou. Juro que algumas– e, para minha surpresa posterior, de grandes marcas– tinham gosto de óleo para dobradiça. MOMENTO EPIFANIA! Por isso que as pessoas lambem tanto limão e sal na mão depois de dar golão: é para tirar o gosto de corremão! Mas uma entre as quatro tinha notas de frutas cítricas, era suave na boca, não deixava gosto de álcool e tinha  final abaunilhado, redondo… Era a Tezón Reposado, feita 100% com agave azul e através de método artesanal. Ela chega ao mercado brasileiro em outubro, importada pela Pernod Ricard, com custo médio de R$ 150.

Em suma: existe tequila boa de verdade que dá prazer em ser tomada pura ou em drinques (como um bom uísque ou qualquer destilado de qualidade). E, o melhor, não causa apagão!

Em breve o Obá fará coquetéis especiais com este outros rótulos Tezón. Eu aviso.

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